sábado, 28 de maio de 2011

Depressão de inverno



É só o céu ficar cinza e a temperatura gélida, pra eu enchergar todo o resto em preto e branco.
Uma enxorrada de lembranças dolorosas e pensamentos pessimistas inunda minha mente. Fico carente. E como um peixe no aquário, sem ter pra onde ir. O meu semáforo de atitude fica travado no vermelho. Perdida e confusa, assumo o papel de espectadora da vida alheia.

Mãos frias, coração quente, certo? Errado! A crise é temporária mais é generalizada. Não há casaco, não há meia que esquente uma mente inconsolável.
Nenhum sentimento a ser expresso.Viro hóspede no quarto dos egoísta e orgulhoso. Se ninguém vem a mim. O mim permanece *sozim*

E assim, vivo a mais comum controvérsia. O estar sozinha bem no meio da multidão.

Já que a minha presença não faz muita diferença. Procuro em anúncios de jornais alguma ´´caverna`` pra que eu possa ´´invernar``. Quem sabe ao menos assim encontro descanso nos meus sonhos. Pois dormir parece um bom remédio para hipotermia sentimental.

Me deito e a marcha fúnebre se torna a minha canção de ninar. E o meu cobertor, o meu único aconchego. Pois os braços de todos parecem estar ocupados demais para abraçar uma alma recém deprimida.

Ah, um abraço! No momento me parece a única coisa boa pra se ter. Que saudade que tenho de um verdadeiro e sincero abraço. Daqueles bem apertados e demorado.

Quem sabe alguém traga o sol no abraço e me mostre que na verdade a depressão de inverno não passa de um período em que todos estão preocupados em aquecer a si próprio,sem saber que quando aquecemos o próximo...o calor chega mais rápido.

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